Memórias Perdidas
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Memórias Perdidas

Bem vindo à “Memória perdidas”, uma crônica-trama de fantasia medieval (d&d 5e) que envolverá intrigas e romances na corte.
 
InícioÚltimas imagensProcurarRegistrarEntrar

 

 A balada do corvo e da raposa

Ir para baixo 
3 participantes
AutorMensagem
Graal
Admin
Graal


Mensagens : 171
Data de inscrição : 28/09/2019

A balada do corvo e da raposa Empty
MensagemAssunto: A balada do corvo e da raposa   A balada do corvo e da raposa Icon_minitimeSeg maio 18, 2020 8:24 pm

Escondida entre a sacada e o telhado, a pequena raposa observa o luar pensando no que acontecera durante o dia, fascinação , surpresa, revolta,ciúmes e medo. Sensações demais que afligiam um ser que havia há tempos abandonado o privilégio ou o azar de senti-las e hoje como um temporal, tudo a inundou.

Algumas nuvens pareciam correr dos picos em direção a cidade, o olfato da pequena criatura distinguia o prenúncio de chuva, mas será que atingiria a região ou correria para dentro do reino?

De qualquer forma, era hora de agir. Com o focinho cheirando o ar, havia uma caça a seguir.
Ir para o topo Ir para baixo
https://memorias-perdidas.forumeiros.com
Akemi Amouteru

Akemi Amouteru


Mensagens : 56
Data de inscrição : 21/10/2019
Idade : 47
Localização : São Paulo

A balada do corvo e da raposa Empty
MensagemAssunto: Re: A balada do corvo e da raposa   A balada do corvo e da raposa Icon_minitimeSeg maio 18, 2020 8:27 pm

A noite suave se arrastava pelas frestas da janela, lua alta no céu, E o belo homem de cabelo prateado e olhos de estrela entrava no seu quarto.
Era um lugar estranho, estava ali à poucas horas, a cama mesmo sendo estranha era convidativa, a reunião na parte de baixa da taverna teve seu gosto agridoce.
Lembranças boas e ruins, pessoas alegres, pessoas perigosas
Algumas belas e outras frágeis.
O belo homem se deita com os braços atrás da cabeça e brinda seu docel com seu sorriso, parecia que aquela empreitada iria cobrar mais do que só equipamentos e seu tempo.
Perdido em seus pensamentos não percebe o sono se infiltrar.

Abre os olhos, está deitado em uma macia cama de grama, madressilva e jasmim, o cheiro enche suas narinas e lhe relaxa o corpo, acima da copa das árvores ao seu redor o sol está baixo, era a hora do crepúsculo, a hora mágica.

Um movimento chama sua atenção, uma cauda branca se agita perto das árvores. Com cuidado um focinho aparece, branco como a neve, uma pequena raposa salta e para ao seu lado. Ela tem pelo macio e grandes olhos verdes, E parece estar sorrindo, dando pulos para incentivar que o homem a siga.

Ela o leva até o centro da clareira, onde rainhas do Prado crescem livremente, ela corre a volta dele, dando pequenas cabeçadas em suas pernas.
A beleza do lugar o deixa boquiaberto, era um mundo de sonhos.

A pequena raposa o leva até o centro da clareira, onde tem um espaço limpo e um pequeno altar de Pedra, lá está uma caixa de laca vermelha e preta, com uma bela flor de lótus entalhada. Ela aponta com as patas para que ele pegue.
A raposa sorri e vai embora, dentro ele encontra um antigo livro, delicado e com gravuras, parecia feito de luz e sombras.
Ao longe começa ouvir uma suave melodia.
A voz o embala e ele segura o livro próximo ao coração.
Como uma tela de pintura molhada as imagens começam a desvanecer e ele sente seu colchão as suas costas, nas mãos estão o livro e a caixa aos seus pés.
A música ainda preenche sua mente e ele jura ver um belo par de olhos verdes sumindo no docel da cama.

Música:
Cante-me uma canção de uma moça que se foi
Diga, essa moça poderia ser eu?
Feliz de espirito um dia ela navegou
Do mar para Skye


Glória da juventude brilhava em sua alma
Onde está essa glória agora?

Cante-me uma canção de uma moça que se foi
Diga que a moça pode ser eu?
Feliz de espirito um dia ela navegou
Do mar para Skye

Me dê de novo, tudo que estava lá
Me dê o sol que brilhou
Me dê os olhos, me dê a alma
Dá-me o rapaz que se foi

Cante-me uma canção de uma moça que se foi
Diga que a moça pode ser eu?
Feliz de espirito um dia ela navegou
Do mar para Skye

Onda e brisa, ilhas e oceanos
Montanhas de chuva e sol
Tudo que era bom, tudo que era belo
Tudo que era eu desapareceu

Cante-me uma canção de uma moça que se foi
Diga, essa moça poderia ser eu?
Feliz de espirito um dia ela navegou
Do mar para o Skye

Akemi dormia suavemente nos braços de Alicia, estava exausta por navegar nos sonhos de Killua, mas feliz de lhe mostrar onde cresceu.
Acabará de entregar um de seus tesouros de raposa para aquele homem, não sabia o que viria dali, mas arriscou como nunca antes tinha arriscado.
Arriscou em abrir seu coração à um estranho que tinha a lua em seus cabelos e as estrelas nos olhos.
Pela primeira vez em anos dorme em sua forma primária com um sorriso enorme nos lábios.

A balada do corvo e da raposa Whatsa11

A balada do corvo e da raposa Whatsa14

A balada do corvo e da raposa Whatsa15
Ir para o topo Ir para baixo
Killua Corvinus

Killua Corvinus


Mensagens : 36
Data de inscrição : 31/01/2020

A balada do corvo e da raposa Empty
MensagemAssunto: Letargia; Entre devaneios e a cupidez    A balada do corvo e da raposa Icon_minitimeQui maio 21, 2020 1:01 am

A noite havia sido prazerosa.

Muita coisa interessante acontecera naquele primeiro dia em Pedra do Trovão, e aparentemente muito mais ainda estava para se desenrolar dos acontecimentos que se dão no momento que vive a cidade. Pessoas interessantes, curiosas… que superavam a mediocridade cotidiana. Eram várias características que percebeu em um grupo tão distinto de pessoas.

Contudo, tudo aquilo ficaria para o dia seguinte. Eram considerações que não urgiam pela atenção do Corvinus e não seria ele que iria apressar o assunto. Chegando ao quarto, o jovem retira sua roupa, desnudando o torço para em frente à bacia de água limpa em seu quarto, lavando as mãos e o rosto. Chegando à cama, ele retira algumas coisas dos bolsos, entre elas, a moeda de madeira com aroma bem característico e a coloca sobre o criado mudo. Lentamente retira a calça, colocando ao lado e veste algo mais largo e confortável para dormir.

A sensação de uma cama macia sob as costas é agradável… Alguns pensamentos persistem em sua mente, alguns trazem um largo sorriso ao rosto do jovem, que lentamente se entrega aos braços da dama Lunar.

Seus olhos se abrem novamente e de forma lenta vão se acostumando com o ambiente. Estava ao relento, em uma cama de madressilva e jasmim e seus aromas o envolviam por completo. Curiosamente duas lembranças distintas vêm à mente e ambas iluminam o sorriso no rosto de Killua. Olhando ao redor, se percebe em algum lugar desconhecido, porém se sentia relaxado e seguro. De sobressalto percebe um movimento próximo. Uma cauda branca, seguida então de um focinho… em um salto, uma pequena raposa branca surge.

O pelo do animal parece incrivelmente macio e brilhava à luz crepuscular. Os olhos esmeralda… um sorriso parecia pairar naquele focinho. - Olá, especiosidade… - fala suavemente Killua para a raposa, que parece querer que ele a acompanhe - Está bem… quer que eu vá atrás de vocês? Quer me mostrar algo? - Caminha na direção seguida por ela. Seguindo brevemente pela trilha entre as árvores, ambos chegam a uma clareira. Era ali um lugar mágico e o Corvinus toma seu tempo para vislumbrar à sua volta.

A raposa branca o leva até um pequeno altar de pedra. Nele existe uma caixa, belamente trabalhada. Os olhos dele cintilam observando os detalhes, quando então ela o indica à abrir o objeto. As mãos do jovem vão à caixa, ambas segurando as laterais da tampa. Cuidadosamente ele a levanta, revelando seu conteúdo. Entreabre a boca em surpresa e vislumbra por alguns segundos, lentamente move uma das mãos retirando da caixa um livro… nele pareciam dançar luz e sombra. Os olhos de Killua se fecham, assim espantando os pensamentos perturbadores ao levar o livro junto ao peito.

Novamente o aroma o toma de relaxamento ao respirar fundo. Ele abre os olhos e procura pela pequena e branca raposa, mas já não mais a vê. Curiosamente era tudo estranho e familiar para ele. Nem havia percebido, mas uma melodia soava na clareira. Nesse momento a visão da clareira se turva e as cores parecem escorrer, rapidamente sendo tomada por um breve instante de escuridão e então o abrir dos olhos dentro do quarto da taverna.

Os olhos esmeralda sumiam aos olhos da mente do Corvinus, este que pisca algumas vezes antes de se puxar na cama e sentar-se. Em suas mãos ainda estava o livro. O jovem não era estranho à sonhos, bem ele sabe que há coisas demais a acontecer em seus sonhos com certa frequência, mas este pareceu diferente… não acreditava se tratar da mesma fonte. Resolveu deixar de lado os sonhos de enigmas, profecias, angústias e danação… se apegou ao sentimento bom que ainda tinha no peito, se ajeitou ficando confortável e com o soprar leve, acendeu a vela ao lado da cama.

Cuidadosamente abriu o livro, levando-o ao rosto para sentir seu aroma, retornando-o próximo ao colo, começando sua leitura. O sentimento de gratidão o tomaria… momentos e gestos que nos retiram da escuridão do pensamento, da mente e da realidade não são comuns, menos ainda proporcionados dessa forma.
Ir para o topo Ir para baixo
Conteúdo patrocinado





A balada do corvo e da raposa Empty
MensagemAssunto: Re: A balada do corvo e da raposa   A balada do corvo e da raposa Icon_minitime

Ir para o topo Ir para baixo
 
A balada do corvo e da raposa
Ir para o topo 
Página 1 de 1
 Tópicos semelhantes
-
» A canção da Morte

Permissões neste sub-fórumNão podes responder a tópicos
Memórias Perdidas :: On :: A campanha em ação :: Picos do Trovão :: Pedra do Trovão :: Taverna Jardim Vermelho-
Ir para: